Estilo de decoração, vamos falar sobre eles? Mais importante do que descobrir as últimas tendências, é aprender a incorporar cada estilo de decoração da sua casa de acordo com a sua personalidade.
Na hora de decorar, vários fatores podem ajudá-lo a escolher o estilo que mais combina com você: seus gostos pessoais, o estilo arquitetônico da casa (ou apartamento) e até a localização do imóvel.
Quais são os estilos de decoração que você precisa conhecer?
1. Decoração clássica
É sempre bom começar pelo estilo clássico, já que ele nunca sai de moda. Marcado por linhas elegantes, essa decoração teve origem na arquitetura romana e grega, com todo o requinte e opulência que você pode imaginar.
Os traços clássicos são marcantes e pedem ambientes mais amplos e altos. Isso é fundamental, já que é necessário ter bastante espaço para receber o mobiliário e as peças sofisticadas e igualmente grandes que o estilo pede.
Vale lembrar que as madeiras nobres e escuras são as mais utilizadas: o mogno, a nogueira, a cerejeira, e por aí vai. No mármore, você também encontra outra matéria-prima para decorar os demais ambientes da sua casa no estilo clássico — principalmente as cozinhas e os banheiros.
Vale ressaltar a importância de predominar o branco total com a leve presença das madeiras nobres. Na ornamentação, você pode investir nos papéis de parede, nas molduras douradas, nos acabamentos em colunas, arcos, rodapés, dentre outros detalhes.
Com relação às cores, a paleta clássica traz sempre elementos pastéis combinados com o bordeaux, o verde-esmeralda, o azul-marinho e até mesmo o preto. Mas também é possível adicionar detalhes dourados, prateados, o ferrugem, algumas estampas florais, outras listradas e tonalidades que seguem a linguagem do castanho, do creme e do bege.
Nas paredes, por sinal, vale investir em obras de arte, papéis e aplicações clássicas e padronizadas, retratos, natureza-morta, tapeçarias… Já nos detalhes decorativos, o destaque fica com os cristais, a porcelana, os bustos, os candelabros, os livros, os lustres, os arranjos florais e os espelhos com molduras ornamentadas, por exemplo.
2. Decoração retrô
Se você quer uma casa com estilo mais dinâmico e com um forte impacto visual, então a decoração retrô pode ser uma ótima opção. Marcada pelas suas peças icônicas e por outros elementos de design que sobreviveram várias décadas, principalmente as de 1950 a 1970, ela traz elementos que dizem muito sobre a personalidade de quem mora na casa.
Aqui, você pode se soltar um pouco mais e misturar formas e materiais, fazendo com que os objetos não sejam apenas decorativos, mas também funcionais. Abuse de formas abstratas, geométricas, florais e xadrez, por exemplo, e misture algumas texturas como o veludo, o plástico, o vinil…
No caso das cores, o padrão retrô traz o laranja, o amarelo, o rosa, o azul ou até mesmo a mistura do preto com branco e vermelho.
É importante tomar cuidado na combinação dessas tonalidades, já que você corre o risco de ultrapassar o retrô e chegar no estilo brega. Use o bom senso e equilibre os tons na sua decoração.
Já o mobiliário é bem característico, com linhas simples, pernas pontiagudas, sofás longos, superfícies lisas e brilhantes, móveis baixos e poltronas arredondadas, por exemplo. Somado a isso, você ainda tem várias possibilidades nas paredes, com quadros de artes e ilustrações vintage, espelhos em dimensões variadas, fotografias no estilo hollywoodiano, e outras ideias divertidas e inspiradoras. Para o efeito ser melhor, escolha uma cor neutra para o fundo e deixe as cores mais vibrantes nos elementos decorativos!
3. Decoração Boho
O Boho, na verdade, é uma derivação da expressão Bohemian, o que explica a influência cigana e boêmia que marcou algumas décadas passadas. Aqui, podemos incluir também um pouco da intervenção oriental, hippie e étnica, misturando estilos exóticos, repletos de elementos estampados e rústicos.
Mas quando falamos de decoração boho, devemos lembrar que todo esse exotismo foi trazido para a contemporaneidade de um passado não muito remoto. Então, é possível criar ambientes incríveis, aconchegantes e com um toque requintado, apenas utilizando alguns detalhes do boho chic: cortinas, almofadas, pendentes, dentre outros detalhes.
A ideia é decorar de forma despojada, livre e bastante colorida, com objetos adquiridos em viagens, peças artesanais, e outros itens decorativos.
4. Decoração Noir
Se você gosta de decoração básica, vai se identificar muito com a decoração noir. O conceito se baseia principalmente no preto, que deixa um efeito elegante e sofisticado em qualquer ambiente. Aliás, o preto e as tonalidades mais escuras podem estar presentes também em elementos do mobiliário, como na madeira e nos demais detalhes decorativos contrastados com o branco de fundo.
Não é uma regra, mas a junção do branco e do preto dá uma suavizada no aspecto carregado da decoração noir, e permite também a adição de cores complementares, como os tons terrosos em tapetes e almofadas, por exemplo.
A sobriedade e o ar contemporâneo marcam o estilo, mas os tons claros também são muito bem-vindos para garantir o equilíbrio aconchegante que os seus ambientes precisam.
5. Decoração industrial
A queridinha do momento é a decoração industrial, que tem feito sucesso em diversos projetos de interiores no mundo. Aliás, as alternativas funcionais que esse estilo traz vão muito além de uma simples forma de decorar.
A ideia surgiu em Nova York, entre as décadas de 1950 e 1970. Os espaços industriais amplos, repletos de tubulações aparentes, madeira, metal e muito concreto, deram lugar a lares improvisados. Na época, esses estúdios e galpões foram se transformando, aos poucos, em lofts e apartamentos de improviso, criando um estilo único, dispensando paredes acabadas e produzindo ambientes integrados.
Mas é bom ter cuidado ao incluir esse estilo de decoração em casa. Não é só deixar as paredes sem pintura, com os tijolos aparentes! O ar industrial também está nos detalhes (móveis e acessórios), que precisam ficar em harmonia com o restante do ambiente.
Abuse de janelas grandes, para entrada de luz, pisos rústicos em cimento queimado e coloque cor nos objetos menores.
6. Decoração rústica
A principal característica da decoração rústica, é claro, é a madeira gasta pelo tempo ou de demolição, os móveis mais antigos e a prioridade por tudo que é mais natural, sem deixar de lado o acabamento.
Na decoração rústica, também vale incluir as peças artesanais, principalmente quando se trata de tapeçaria, almofadas, colchas e mantas.
Se você possui peças decorativas repassadas entre gerações na família, então saiba que elas podem fazer parte do novo ambiente também, desde que dialoguem com os tons das paredes e do mobiliário.
E, por falar nas paredes, peças como quadros de paisagens, retratos envelhecidos, murais, ferraduras e espelhos com molduras antigas dão um toque completamente rústico e especial aos espaços.
7. Decoração minimalista
Quando se fala em estilo minimalista, é bom pensar em duas coisas principais: estética e funcionalidade. Uma deve estar sempre alinhada à outra para que os ambientes sejam cuidadosamente planejados de forma que sejam úteis, além de bem decorados.
No Brasil, o estilo minimalista despontou na década de 1980, com uma expressão singular, que caracteriza os ambientes com clareza, dizendo exatamente qual é sua real função. Como se trata de decoração de interiores, o estilo pede poucos móveis, superfícies lisas e polidas, com qualidade nos materiais e sem muitas peças decorativas.
Os elementos adicionais até existem, mas de forma reduzida, trazendo consigo uma função. Eles se destacam e se equilibram de forma a criar um ambiente minimalista, com um conjunto de formas, cores e elementos modesto, mas de muito bom gosto.
8. Decoração contemporânea
Para quem gosta de ambientes mais modernos, a decoração contemporânea agrada bastante. Essa tendência surgiu mais ou menos na segunda metade do século XX e permanece forte até hoje, com espaços simples, diretos e funcionais, só não tão despidos como o estilo minimalista, como vimos anteriormente.
O estilo contemporâneo, apesar de trazer alguns traços modernos, como materiais tecnologicamente avançados e formas geométricas, tem suas peculiaridades. Ele utiliza bastante textura e cores, apesar das linhas suaves e de elementos neutros.
Em relação ao mobiliário contemporâneo, ficam visíveis as peças largas e espaçosas, com traços simples e silhuetas angulares. Na maioria das vezes, a estrutura é baixa e rente ao chão, somada a superfícies completamente lisas e materiais limpos, como vidros laqueados, cimento, metal, pedras polidas, aço — escovado ou inox — e madeiras claras ou escuras bem trabalhadas.
Como a mobília é mais forte na presença, a decoração precisa ser suavizada com tecidos convidativos e leves: cabedal, linho, corda, vinil, juta, caxemira, e por aí vai. E isso vale para a tapeçaria, as cortinas e as persianas. Você pode investir em formas geométricas, por exemplo, nas estampas, e até mesmo nos demais elementos decorativos.
Passando das texturas para as cores, o neutro e tons-rompidos são os protagonistas da decoração contemporânea. Como a luminosidade é um fator importante para o estilo, você pode destacar no ambiente o cinza, o branco, o creme. As cores mais fortes, como amarelo, magenta, verde, roxo e vermelho, ficam nas aplicações dos detalhes, somente para quebrar a sobriedade do espaço neutralizado pelas cores mais impessoais presentes nas paredes, no teto, no chão e nos móveis.
9. Decoração romântica
As criações de ambientes nessa linguagem são para quem deseja espaços mais íntimos e serenos, marcados por elegância e conforto.
Quando se trata de mobiliário, o estilo romântico pede traços mais curvilíneos, com peças bem trabalhadas, pés arredondados e detalhes vistosos. Os estofados, então, são os mais presentes em projetos de decoração de interiores que fazem uso dessa linguagem. Camilhas com encostos, mesas redondas e ovais e bancos estofados ao pé da cama e poltronas: tudo transmite o máximo de aconchego possível, nunca deixando de ser elegante e requintado.
Para as peças da mobília os materiais mais utilizados são o ferro, a madeira — clara ou escura — e alguns elementos que também podem ser pintados de branco, para quem gosta de um ambiente mais clean.
O lado bom desse estilo de decoração é que as cores também são leves, abrindo espaço para investir mais. Os tons neutros e pastéis se fazem mais presentes, com pequenos toques de cores mais fortes, como o azul, o lilás, o fúcsia e o amarelo — sem perder o romantismo. Mas, dentre essas tonalidades, você tem a opção de investir suavemente nas estampas florais, com inspiração vitoriana, e até mesmo motivos adamascados, xadrezes e listrados.
Para arrematar nos detalhes, o espaço romântico permite tecidos como o veludo, a seda, acolchoados, rendas, tricô, crochê e chenilha, por exemplo. No chão, os tapetes são mais discretos, privilegiando o revestimento do piso.
10. Decoração asiática
Marcada pela simplicidade e pelos ambientes projetados especialmente para trazer equilíbrio aos moradores, a decoração asiática sabe trabalhar muito bem o artesanato, a arte e o mobiliário de qualidade, unindo o que há de melhor da cultura oriental, principalmente a do Japão e da China.
A harmonia criada pelos elementos orientais monta ambientes visuais maravilhosos, que trazem a sensação de descanso e tranquilidade: almofadas no chão, jardins de inverno, espelhos, lanternas de papel, biombos, tatames e tecidos translúcidos com madeira e bambu.
As cores chinesas são mais dramáticas, como no caso do preto e vermelho, por exemplo. Mas o estilo japonês suaviza um pouco mais a decoração, com elementos neutros, tons naturais e detalhes dourados, lembrando o ouro. O reflexo da natureza, aliás, é importante: pedra, cedro e outras madeiras, papel de arroz, seda, bonsais e muito verde. A água também é um elemento essencial, com fontes ou pequenos aquários. Você vai ter um espaço bem decorado e, ao mesmo tempo, vai melhorar sua qualidade de vida.
Como escolher o estilo de decoração ideal?
Depois de conhecer um pouco sobre cada um dos principais estilos de decoração, agora chegou a hora crucial: escolher o que mais te agradou.
O primeiro passo para essa tomada de decisão você já fez, que foi obter as informações corretas sobre cada estilo decorativo. Então, o resto fica mais fácil!
Faça uma lista de preferências
Agora que você descobriu as principais tendências em estilos de decoração, pode analisar com calma o que é melhor para cada ambiente da sua casa e fazer uma lista de preferências.
- O que fica melhor em cada espaço?
- Será que é possível mesclar estilos?
Anote tudo: móveis, objetos, cores, complementos, materiais, dentre outras coisas.
Estude as características dos estilos de decoração
Assim que você estiver com a sua lista pronta, comece a estudar o que será necessário para colocar a decoração em prática. Isso vale para os acabamentos certos do estilo escolhido, as combinações possíveis, os móveis adequados para o ambiente, os materiais e texturas, e por aí vai.
O importante é estudar cada detalhe com calma, para não ter um estilo decorativo distorcido depois.
Conte com a ajuda de aplicativos e catálogos
É sempre bom contar com a ajuda da tecnologia e utilizar alguns aplicativos que ajudam no processo de decoração. Reúna inspirações em galerias de imagens, com a ajuda do Instagram, de catálogos virtuais que oferecem combinações e aproveite essas ferramentas para projetar o seu estilo com sua personalidade.
Pense na funcionalidade e no seu estilo
Por mais que alguns estilos sejam mais bonitos, você não pode deixar de levar em consideração a funcionalidade — tanto para você, quanto para sua família. Então, escolha elementos que valorizem o ambiente, mas que tragam praticidade para o dia a dia de todos.
Descubra o estilo de decoração certo para cada ambiente
É claro que você pode escolher apenas um estilo de decoração para a casa toda, mas isso pode dar trabalho. Então, uma opção interessante — e que agrada toda a família — é decorar cada ambiente de uma forma, tentando seguir uma linha de raciocínio, é claro, para não virar um “carnaval”. Coloque elementos do estilo romântico no quarto, minimalista na sala, retrô na cozinha… Solte a criatividade e transite entre as possibilidades.
Fonte: Todeschini