Durante as décadas de 1860 e 1870, em meio a Guerra Civil dos EUA, tornou-se popular o processo de Ferrotipia entre os fotógrafos itinerantes. Esse processo fotográfico consiste na criação de uma imagem positiva sem negativo, feita diretamente sobre uma chapa fina de ferro, revestida com verniz ou esmalte escuro, que é utilizado como base para a emulsão fotográfica.
A técnica, também conhecida como Tintypes, além de ser muito mais barata e mais leve que os daguerreótipos (primeiro equipamento fotográfico fabricado em escala comercial da história), não estava restrita a estúdios e era realizada ao ar livre, em feiras e parques.
Haviam dois processos possíveis, o de colódio de prata e o processo seco, usando emulsão de gelatina. Em ambos os processos, uma imagem pálida se formava na emulsão. Áreas mais densas apareciam em tons de cinza e as menos densas deixavam expostas a superfície negra da placa.
O resultado era uma imagem pouco luminosa e para tornar a imagem mais clara, era possível utilizar um fixador de Cianeto de Potássio, no entanto essa substância pode vir a ser mortal se não for utilizada com extremo cuidado.
Os Tintypes tem uma longevidade média, era comum as famílias terem um álbum que era passado de geração em geração, registrando toda a sua história.
Recentemente alguns fotógrafos como Ian Ruhter, Kari Orvik e Lisa Elmaleh, resolveram revitalizar essa técnica e estão fazendo muito sucesso.
Num mundo de fotos instantâneas e digitais, os fotógrafos optaram pelo Ferrotipia como uma forma de se conectarem ainda mais com suas obras, tornando a experiência de fotografar mais física e pessoal.
Atualmente existem alguns aplicativos que imitam o resultado dessa técnica, que está renascendo no meio fotográfico. Vale a pena conferir e ficar por dentro dessa técnica revolucionária da história da fotografia.